sexta-feira, 2 de junho de 2017

RODRIGO MAIA DEVE TERMINAR O MÊS COMO PRESIDENTE DO BRASIL | SAIBA MAIS SOBRE O CHILENO-BRASILEIRO

Você já seu deu conta de quem poderá terminar o mês como Presidente do Brasil? Não, pois o mês pode terminar no Brasil como Rodrigo Maia, deputado carioca e chileno como presidente. Saiba mais!




Primeiro nome na linha sucessória do país, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não nasceu em solo pátrio. Filho do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, Rodrigo Felinto Ibarra Epitácio Maia nasceu em Santiago, no Chile, em 12 de junho de 1970. À época, o pai estava exilado no país vizinho, vítima da ditadura militar. Como foi registrado no consulado do Brasil, Maia é considerado brasileiro nato. Numa eventual renúncia — ou impeachment — de Michel Temer, será a 47ª pessoa a envergar a faixa presidencial em 128 anos de República.


Atualmente no quinto mandato de deputado, Maia se elegeu pela primeira vez aos 28 anos. Aos poucos, com a habilidade para conduzir articulações políticas, ganhou respeito e destaque no Congresso, onde ocupou duas vezes o posto de líder do DEM. Em 2015, contudo, teve dificuldades para renovar o mandato, tendo a pior votação de sua trajetória. Os 53.167 votos fizeram dele somente o 29º entre 46 parlamentares eleitos pelo Rio.

Na ocasião, declarou ter gasto R$ 2,3 milhões na campanha, dos quais R$ 550 mil foram doados pelo banco BMG, onde trabalhou em 1990. Maia também recebeu R$ 100 mil da JBS, empresa cuja delação dos sócios provocou a crise política que atinge Temer.

Apelidado de Botafogo no sistema clandestino de propinas da construtora Odebrecht, Maia é alvo de dois inquéritos na Lava-Jato. Num deles, é acusado de receber R$ 350 mil em 2008 para financiar campanhas do DEM. Dois anos depois, receberia mais R$ 600 mil, desta vez destinados à candidatura do pai ao Senado.

Na segunda investigação, o Ministério Público Federal sustenta que ele recebeu R$ 100 mil em 2013 para colaborar na aprovação da Medida Provisória 613. A MP desonerava a aquisição de matéria-prima para a indústria química, área de atuação da Braskem, empresa controlada pela Odebrecht.

Sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara, Maia foi bastante prestigiado pelo peemedebista. Recebeu a relatoria de projetos relevantes, como a reforma política. À época, manifestou posição contrária ao voto em lista, sistema que passou a defender com ênfase desde o início do ano, após a retirada do sigilo das delações dos executivos da Odebrecht.

Ex-bancário, Maia atuou na financeira Icatu nos anos 1990, mas não concluiu a faculdade de Economia que começou a cursar na Universidade Cândido Mendes. Preferiu ingressar na política, ao assumir em 1997 a Secretaria de Governo da prefeitura do Rio, à época administrada por um aliado de seu pai, o prefeito Luiz Paulo Conde.



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Liberal na economia, conservador nos costumes

Influente no DEM, foi um dos maiores entusiastas do sepultamento do antigo PFL, sigla criada em 1985 de uma dissidência do antigo PDS, partido de sustentação do regime militar. Em 2007, quando defendeu uma ampla renovação na legenda, então vista como fisiológica, o deputado não só liderou a adoção do nome Democratas como acabou aclamado como seu novo presidente nacional.

Apesar de liderar o chamado grupo jovem do partido, Maia tem posições conservadoras nos costumes e liberais na economia. É contra a legalização da maconha, o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a favor da redução da maioridade penal. Defende a redução da carga tributária e uma menor participação do Estado em setores estratégicos da economia.

Ao disputar o comando da Câmara, no ano passado, conquistou apoio de partidos de oposição e tradicionais adversários do DEM, como PDT e PC do B — o PT chegou a cogitar um suporte a sua candidatura, mas acabou recuando. Embora contasse com a simpatia do Planalto, Maia derrotou o candidato governista, Rogério Rosso (PSD-DF).

Casado desde 2005 com Patrícia Vasconcelos, filha do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, Maia tem quatro filhos: três meninas e um menino. Chorão confesso, tomou três calmantes mas não conseguiu evitar as lágrimas ao fazer o discurso da vitória. Analisadas pela ótica do atual turbilhão político que lança incertezas sobre os rumos do país, suas palavras finais no pronunciamento soam proféticas caso venha a assumir a Presidência da República.

— Sei que estou pronto para navegar nessa tormenta, que passará. A Câmara, o Congresso e o Brasil são maiores que qualquer crise.


Matéria original: Zero Hora

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