domingo, 29 de outubro de 2017

RESTAURADOR PARAIBANO FLAVIO CAPITULINO SE ENVOLVE EM PROCESSO MILIONÁRIO DE OBRAS DE PICASSO



O conceituado restaurador de obras de arte, o paraibano Flavio Capitulino, é uma das peças centrais do processo que investiga um mistério de R$ 100 milhões envolvendo o roubo de obras do grande pintor espanhol, Pablo Picasso.

A informação repercutiu no programa Fantástico, exibido na noite de domingo (8) pela Rede Globo. De acordo com a reportagem, Capitulino foi contratado para restaurar duas valiosas obras de Picasso: ‘Mulher Arrumando o Cabelo’ e ‘Espanhola com Leque’, ambas retratando a última esposa de Picasso, Jacqueline Roque.

O que o restaurador não sabia era o destino que a obra teria. “Eu era assalariado, e quando a gente é assalariado a gente, como diz no Nordeste, amarra o burro onde o dono manda”, disse à reportagem.

Tempos depois, a filha de Jacqueline Roque, Catherine Hutin-Blay, contratou Capitulino para que ele restaurasse quadros de Picasso. “Começamos a fazer a separação das fotos do que precisava ser restaurado e o que não precisava ser restaurado e as fotos dos quadros que eu já tinha restaurado e eu falei: não, esses daqui não precisam que eu já restaurei”, declarou Capitulino.


Catherine (Filha de Picasso)


Catherine não havia se dado conta de que os quadros em questão não estavam mais no acervo de Picasso.

Conforme a reportagem do Fantástico, a primeira suspeita foi do homem que havia contratado o serviço de Flavio Capitulino, sócio de uma empresa de transporte e armazenamento de obras de arte, Olivier Thomas, que era um velho conhecido de Catherine.

Quando contratou Capitulino, Olivier representava um sócio, Yves Bouvier, que também negociava artes e acabou virando um segundo suspeito.

Mais tarde, Dmitri Rybolovlev, colecionador russo, dono do time francês Mónaco, que tem uma coleção avaliada em R$ 6 bilhões, aparece como terceiro suspeito por ter comprado os quadros.

À época, ele se pronunciou na imprensa, dizendo que havia sido enganado e devolveu as obras.

Os quadros estão sob custódia da polícia francesa e Capitulino guarda as fotos que provam o trabalho de restauração que ele desenvolveu. Flavio já prestou cinco depoimentos e o caso está em segredo de justiça.


Obras de Picasso roubadas


Há várias versões sobre esse roubo, entre elas a de que Flávio Capitulino sabe de mais informações a respeito dele do que já contou à polícia francesa. Por conta disso, o renomado restaurador já chegou a receber ameaças.

A justiça francesa ainda não tem data para anúncio do veredito sobre o caso.

‘Mãos valiosas’

Pelas mãos de Capitulino, já passaram quadros de Modigliani, Chagall, Matisse, Van Gogh e Leonardo da Vinci. Ele é natural da cidade de Sousa, no Sertão paraibano, mas reside em Paris, na França, há 30 anos, ganhando a vida restaurando obras dos maiores pintores da história.

WsCom / ParaíbaOnline

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